quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Perfurando o Planeta







P-0135 - Sentinelas da Solidão - Clark Darlton - Publicado em 3/4/1964
Como uma linha de fortificação inexpugnável, ali estava uma dúzia de monstruosas espaçonaves, singularmente estranhas, em torno do pobre planeta. Eram de construção disforme, quase cúbicas e cheias de reentrâncias e torres bizarras. As naves fragmentárias dos pos-bis! De cada uma destas naves desenrolava-se um imenso tubo, atingindo a superfície do planeta, parecendo uma triste ponte através do espaço. Dentro destes tubos percebiam-se os vestígios de objetos que desapareciam no bojo gigantesco das naves. Eram coisas que provinham do planeta.
— Meu Deus! — deixou Rhodan escapar, sem o perceber. — Dá a impressão de que desejam tirar um pedaço da superfície do planeta, para que ninguém mais possa viver nele.
— Não sei o porquê — disse Harno. — Posso dizer apenas que são os pos-bis e que este pobre planeta em poucos dias não terá mais condições de ser habitado. Para nós todos, nunca houve maior perigo do que os pos-bis, pois não têm nenhuma consciência para com os seres vivos ou para com a vida orgânica. Jogam a “vida fora”, como os homens fazem com objetos usados ...
... Mais uma vez, a atenção de Rhodan voltou para Harno. Calado, observava os vários campos de sucção que, como jibóias gigantescas, varriam verticalmente a superfície, arrastando tudo que encontravam. Colinas e cidades disparavam com incrível velocidade pelos tubos negros, indo parar nos bojos disformes dos monstros cúbicos, as horrendas espaçonaves dos pos-bis ...
... Ao todo eram quatorze naves com aparelhamento de sucção que orbitavam o planeta lentamente num grande círculo. Arrancavam sem cessar, com seus tubos afunilados girando a grande velocidade, grandes pedaços da crosta do planeta e os faziam desaparecer no bojo das naves. O físico-chefe Gernot que dirigia as pesquisas científicas de uma das gazelas deu seu relatório com a voz embargada pela estupefação, como se duvidasse do que estava dizendo.
— Recebi seu questionário, senhor. Conforme minhas investigações até o momento, todas as naves devem estar já com sobrecarga e em situação de cair. Já que isto não se deu ainda, podemos supor que estão operando com um forte campo antigravitacional, a fim de neutralizar o enorme peso. Em segundo lugar, deve haver uma transformação atômica que reduz toda a massa aspirada. E qual é a finalidade de tudo isto? Não sabemos, temos apenas hipóteses a respeito.
— Continue, Gernot — disse-lhe Rhodan, quando o físico fez uma pausa maior. — A mim nada mais assusta.
— Está mais do que evidente que o tipo de matéria não tem maior importância. Os aspiradores sugam pedras, minérios, do mesmo modo como a vegetação, os seres vivos, água, etc. Tanto a captação como a sucção parecem se processar sem nenhuma seleção, mas como pudemos constatar, somente até uma certa profundidade, o que nos leva a duas conclusões: ou o cascalho mais fundo não lhes é apropriado ou fazem questão apenas de tornar o planeta inabitável.
— Acho que não se preocupam muito com isto, Mr. Gernot. Quando se evidenciarem novos aspectos, peço comunicar-me. Vou agora dar ordem de ataque contra os aparelhos dos pos-bis.
Então... transformação atômica! Rhodan se lembrou dos transportes de matéria para o planeta Everblack. E para onde seria levada toda esta carga? Para o planeta-pátrio dos pos-bis ou para uma de suas muitas bases, criadas nos planetas “raptados”?




A nave romulana de mineração do Capitão Nero de nome Narada está furando um túnel até o núcleo do planeta através de uma sonda perfuratriz no intuito de destruir o planeta Vulcano. O funcionamento desta sonda impedia as comunicações e a utilização do Transporte. Após a broca ter perfurado o suficiente, Nero lançar a "matéria vermelha" no núcleo, criando um buraco negro artificial. O buraco negro consome o planeta, matando a maior parte de sua população. Após a destruição de Vulcano, Nero leva a Narada a Terra e começou a perfurar o planeta.

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